Novembro Roxo: Mês da Conscientização da Prematuridade
- Dra Selma Mie Isotani Shinzato
- há 55 minutos
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17 de novembro é o dia escolhido para conscientização sobre o parto prematuro e a importância dos cuidados com os bebês e crianças nascidos sob esta condição. Desde 2008 a data é promovida pela EFCNI (European Foundation for the Care of Newborn Infants) e por organização de pais, com o apoio da Assembleia Mundial de Saúde.
Recentemente, no último dia 09 de setembro, no Brasil, foi sancionada a lei 15.198/25 que instituiu o Novembro Roxo, mês dedicado à conscientização e à prevenção do parto prematuro e apresenta o dia 17 de novembro como dia nacional do prematuro. A lei dispõe sobre medidas de enfrentamento ao parto prematuro e determina como prioridade do poder público a saúde e a redução dos índices de mortalidade materna e de crianças prematuras. Prevê protocolos de cuidado humanizado e disponibilidade de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) especializadas para bebês prematuros, acompanhamento integral até 2 anos de idade e também atendimento especializado às famílias.
Segundo a OMS (Organização mundial da Saúde) a prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil em crianças menores de 5 anos de idade em todo o mundo, representando cerca de 10% do total de nascimentos. No Brasil, a prevalência está em torno de 11%.
É considerado parto prematuro aquele com acontece antes das 37 semanas de gestação. Por nascerem “antes do tempo” as crianças nascidas prematuras necessitam de cuidados especializados no período neonatal (nos primeiros dias de vida) e acompanhamento do desenvolvimento.
O acompanhamento do desenvolvimento dos prematuros é realizado por equipe multiprofissional e visa garantir que este ocorra de forma integral e otimizada. O fonoaudiólogo atua com o bebê prematuro desde a UTI, acompanhando, orientando e intervindo nos aspectos relacionados à alimentação, audição, fala e linguagem, de forma a minimizar os riscos.
Ao longo dos anos de atuação no acompanhamento de fala e linguagem dos prematuros, temos evidências de que este desenvolvimento ocorre em ritmo próprio, em função da maturação do sistema nervoso e deve ser acompanhado respeitando-se a idade corrigida até os 2 anos de idade. Durante este período, o acompanhamento permite não só a vigilância do desenvolvimento como a estimulação e a orientação às famílias.
Mesmo após os 2 anos de idade, o acompanhamento do desenvolvimento é eficiente pois permite intervenção especializada nos casos de desvios significativos ou até mesmo de transtornos do desenvolvimento de fala e de linguagem. E desta forma, garantimos que os prematuros sejam cuidados desde o nascimento e possam crescer e se desenvolver de forma saudável e plena.
Referências bibliográficas:
Isotani S.M., Perissinoto J. Repercussões no neurodesenvolvimento da Linguagem. In: Kopelman B.I., Goulart A.L. Prematuridade – prevenção, diagnóstico e tratamento de suas repercussões. Rio de Janeiro: Atheneu, 2023.
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